O Ano Que Não Devia Terminar
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| Nonato Guedes |
Nonato Guedes*
É assim, com esse subtítulo, que Joaquim
Ferreira dos Santos refere-se a 1958, o ano em que nasci. Mais precisamente a
14 de março, o que me faz assinalar, hoje, 59 anos. Nunca o brasileiro foi tão
feliz como em 58. Tudo deu certo - da conquista da Copa do Mundo na Suécia ao
lançamento do primeiro disco da bossa-nova.
Brasília mostrava as colunas do Alvorada
nas páginas da Manchete. Havia tanta democracia e
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| Com a esposa Bernadete |
Adalgisa Colombo agitava o concurso de
Miss Brasil com novos truques de beleza. Tínhamos as lambretas, as chanchadas
de Oscarito e Zé Trindade, os filmes de Glauber Rocha revirando o Brasil de
cabeça para baixo, os mexericos da Candinha, Nelson Rodrigues escandalizando o
teatro e os bons costumes, o rinocerante Cacareco eleito vereador em São Paulo.
O ano do laquê em spray, do bambolê. E
de Juscelino Kubitscheck, um dos raros presidentes a infundir otimismo a este
País. A marchinha celebrava: "Com brasileiro, não há quem possa". Não
devia mesmo terminar.
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| Com Carneiro Arnaud |
E foi aí que eu nasci, na cidade de
Cajazeiras, no Extremo Oeste da Paraíba, filho do casal Joaquim Nonato de
Aquino (in memoriam) e Josefa Guedes de Aquino, viva e bonita, para nossa
felicidade.
Cajazeira me deu régua e compasso para
iniciar no rádio e no jornal. Eta questão de vocação mesmo.
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| Com Carlos Candeia |
Vinte anos depois, eu aportava em João
Pessoa para uma bem-sucedida trajetória profissional, da qual não me arrependo
uma vírgula sequer, porque só fiz aprender.
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| Com Renata Souto Maior |
Sim, sou Cidadão Pessoense, graças a uma
propositura da vereadora Sandra Marrocos (PSB), que voltou ao legislativo da
Capital. Todos os elos se juntam, como se vê, e o que me cabe é apenas dizer:
"Muito Obrigado!".
*Jornalista
O Ano Que Não Devia Terminar
Reviewed by Clemildo Brunet
on
3/14/2017 06:25:00 AM
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